janeiro 24, 2011

Presidenciais 2011: o fim de um ciclo, o ciclo do 25 de Abril

Estamos, claramente no final de um ciclo.
O ciclo do 25 de Abril. 
Manuel Alegre representava esse ciclo fracassado. O 25 de Abril falhou.
Não pelo que fez acabar (o fascismo, a falta de liberdade). 
Mas pelo que não conseguiu criar.
O 25 de Abril prometeu uma sociedade melhor. O fim e o caminho era o socialismo.
O falhanço do socialismo não é de estranhar. Falhou em todo o lado. É um modelo que se auto-reduz gradualmente até à implosão.

O problema é que nos conduziu ao precipício e a uma situação extrema que apenas dá força a quem defende alternativas na direcção errada...


A geração do 25 de Abril (dos nascidos entre 1945 e 1960), que nos tem dirigido politicamente, tratou de si e pouco mais. Foi uma geração egoísta que empobreceu o País. Que nos levou à rotura.
Foi distribuindo sempre, para além do que tínhamos. À custa do sector produtivo (que fomos perdendo). À custa de apoios externos que fomos aceitando sem avaliar consequências. À custa de gestões deficitárias que fizeram crescer as nossas dívidas.

E agora, o que fazer?
Precisamos de uma gestão apolítica. Pragmática. Sóbria. De mercearia simples...
Mas como?
Numa altura em que tudo chegou tão baixo?
Em que qualquer proposta na direcção correcta será liminarmente eliminada na "fogueira" da democracia eleitoral em que quem manda é o "povo"? Que pedirá sempre e cada vez mais apoios e subsídios?

Será o fim da democracia?
Será que o 25 de Abril abriu caminho para o fim da democracia?
Estou convicto que sim. A geração que fez o 25 de Abril pensou em si e levou o País aonde estamos.
  



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