Como é evidente..., pois a soma dos excedentes dos países excedentários não atinge a soma dos défices dos restantes...
Como o dinheiro não se distribui "democrática e solidariamente", acaba sempre por fluir, naturalmente, para onde ficará mais seguro e for mais rentável. Pelo que acabará por faltar aqui ou ali, onde os "mercados financeiros" não reconheçam existir segurança e rentabilidade na sua aplicação...
E quando falta (aqui ou ali), não falta gradualmente. Falta bruscamente. Não só impedindo o financiamento dos défices (o que até é positivo, obrigando ao ajuste), mas também impossibilitando o refinanciamento da dívida na sua globalidade (é aqui que se desencadeia a rotura e os problemas actuais).
E não há (actualmente) ferramenta financeira alguma (eurobonds?) que consiga travar este processo de rotura...
Que se estenderá, gradualmente, a todos os países que tenham dívidas substanciais. E, passando pela Europa no seu todo (sim, também na França e Alemanha), chegará aos EUA. E aí, só há uma solução. O corte umbilical (clicar aqui) entre devedores e credores, com o empobrecimento imediato (ajuste em baixa) do nível de vida das populações dos primeiros.
Nada disto é de estranhar. Simplesmente, muitos milhões de cidadãos de países emergentes estão a ganhar o acesso a uma parte dos recursos mundiais. Atraindo, para si, uma parte significativa do trabalho e da produção global. E, como o planeta não "estica", isso faz-se à custa do empobrecimento da população dos países desenvolvidos que terão - à força - de prescindir de uma parte significativa da sua riqueza (ler mais, clicando aqui).
O que está a acontecer todos os dias... aqui, ali e acolá.