Restauração e Economia paralela
A restauração é outro dos sectores
que mais serão atingidos no enquadramento actual. Não apenas por via da
fiscalidade, mais agressiva. Mas, simplesmente, porque será um dos serviços que terá mais cortes, na gestão familiar dos
portugueses. Que, dispondo de menos rendimentos e acedendo a bens e
serviços cada vez mais caros, terão que concretizar cortes decisivos nas áreas
menos essenciais, procurando alternativas mais baratas (alimentação
confeccionada e consumida, em casa).
A queda na procura originará muitos
encerramentos de restaurantes. Esperemos que os menos preparados, de menor
qualidade e menos bem geridos.
Outros restaurantes (esperemos que
os de melhor qualidade e mais bem geridos) receberão muitos dos clientes dos
estabelecimentos anteriores e poderão, assim, receber um “balão de oxigénio”
que os manterá “à tona”.
A tentação de não registar as
transacções será grande, nesta área de serviços.
Se o IVA for máximo, poderá haver
um risco que, assumido, se pagará…
A medida de devolução de 5% do IVA por
via do IRS dos consumidores não será decisiva. Afinal, é um valor mínimo face
ao que se deixará de pagar. Os proprietários serão tentados, face aos clientes
mais conhecidos e fixos, a não facturar o consumo, não lhes cobrando o IVA. Não
arriscando o mesmo, perante os clientes inopinados, desconhecidos, evitando,
dessa forma, acções de fiscalização tributária.
Mas, a verdade é que não haverá,
aqui, muito a fazer…
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