O primeiro-ministro grego começava a se sentir isolado.
A sua solução acaba por ser uma opção de tudo ou nada.
Com o referendo, coloca nas "mãos do povo” a situação.
Assim, fica o Euro em standby e a troika terá (?) que injectar
recursos que aguentem a situação até ao referendo. Este terá de ser bem preparado e deverá conduzir a uma
de 3 possibilidades:
1)Saída do Euro descontrolada - que será mau para todos.
2)Solução troika – a actual, insuportável socialmente.
3)Solução intermédia.
A solução intermédia consistiria na manutenção da Grécia no
Euro, mas sem acesso aos mercados financeiros. A Grécia prescindiria de fundos
externos e passaria a viver quase “entre portas” (só com o que produz) e/ou a
pronto pagamento. A dívida soberana ficaria “congelada”, por decisão unilateral
(mas que todos aceitarão, por falta de alternativa).
A Grécia decide (e todos aceitarão isso) que, durante 30
anos, todas as tranches de dívida soberana que se vencessem seriam substituídas
por nova dívida com maturidades muito longas. Todos os anos seriam pagos os
juros (à taxa Euribor - nem mais nem menos) acrescidos de uma amortização de
1%.
Caberá a cada País “segurar” (ou não), total ou parcialmente
os impactos internos que esta decisão acarreta, que se precipitarão sobre os
credores de dívida soberana grega.
E tudo deverá ser feito para evitar que outros Países cheguem
a este ponto. Mesmo que se chegue a uma solução negociada e semelhante, para
alguns deles…
A verdade é que é necessário reconhecer a situação em que
vivemos (nos países desenvolvidos) e que será necessário tudo fazer para evitar
a rotura…
Entretanto, a credibilidade das dívidas soberanas ficará nas
ruas da amargura…
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