Os dados estão lançados e, para Costa, já não há recuo
possível.
Mas para o PS ainda há uma saída.
Costa fugiu em frente e, consigo, arrasta o PS e os eleitores
que nele votaram mas que não escolheram o que Costa quer fazer.
A estratégia eleitoral de Costa foi de largar a direita,
contando que a insatisfação nessa área lhe garantiria – sem mais esforço - os
votos necessários, concentrando os seus esforços e argumentos à esquerda. Apontou
para aí as suas políticas e o seu discurso. E perdeu…
Mas é esse discurso que Costa manteve depois da sua derrota.
O discurso orientado para os votantes que… lhe fugiram.
Pelo que Costa está a usurpar os votos do PS (os 32% que
ficaram lá), agindo nos termos dos votos que perdeu (ou que não conquistou) à
esquerda.
Uma trapalhada…
Como resultado disto, serão as políticas demagogas que
conquistaram 20% dos votantes (mais à esquerda) que governarão o País.
Nesta fuga para a frente, os prognósticos não precisam ficar
para depois (como diria o outro. São simples de concluir: Costa aposta tudo e
vai perder. O PS ou segue com ele ou perderá o mesmo. Simplesmente, enquanto
Costa é substituível, a perda do PS poderá ser definitiva. Porque na frente de
esquerda que se está a formar, a força está com os dois mais pequenos.
Mas, com todos estes, perderá o País. Mais um ano de
desbunda e três de recuperação. Quatro anos perdidos para voltarmos à situação
atual. São estes os prognósticos.
Cavaco deve nomear Passos.
Dessa forma, cumpre os preceitos usuais e obriga o PS (e a
esquerda) a quebrar, pela negativa, a coligação vencedora das eleições.
O Governo de esquerda que se segue só poderá subsistir com o
PS ajoelhado perante os dois parceiros mais á esquerda. Porque a aposta nesta
solução é do PS (ou de Costa). Porque para os outros, são só mais-valias se
conseguirem impor as suas exigências. Porque sabem que não podem ceder para
políticas de austeridade o que provocaria uma razia na sua base de votantes que
votaram claramente (os referidos 20%) nas opções demagógicas tipo Siryza/Comité
Central.
Pelo contrário, o PS tem tudo a perder se segue com isto. As
suas cedências (não há saída) trarão mais défice, menos investimento, mais
desemprego, fim dos financiamentos externos necessários, mais dívida. E isto
tudo muito rapidamente.
Para Costa, entende-se este caminho. Era isto ou … isto.
Para o PS, terá a palavra o PS. E quem possa defender as
políticas que garantiram os 32% obtidos.
O PS quer a nomeação de Passos. Isso dá-lhe tempo para
tentar dobrar (o que for possível) o BE e CDU. O argumento é simples e é o “do
mal, o menos”. Ou o PS ou a direita. Só que, para esses partidos, qualquer austeridade
será má e será impossível de gerir (e de votar a favor dela). Daí que o PS vai
esconder o acordo que será sempre um acordo mau para o PS pois conduzirá (mais
uma vez) o País à bancarrota.
A saída existe e está nas mãos do PS histórico, de gestão
prudente. Mas essa solução impõe a saída de Costa, a cedência total (talvez por
dois anos) do País à coligação e o reforço (mais um pouco) da sua esquerda.
Mas, mesmo assim, será uma perda controlada face ao fim do partido (com
consequências graves para o País) caso se valide e se siga em frente com a
loucura de Costa.
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