Costa tomou as rédeas do processo de criação de um novo Governo apesar da sua clara derrota eleitoral.
Na ansia de chegar ao poder poderá estar a dar um passo fatal para o Partido Socialista.
A verdade é que 70% dos votantes ficaram no lado das políticas corretas, dos cuidados e prudência orçamental.
O que Costa não entendeu (ou quer ignorar) é que o resultado da sua estratégia de esquerda saiu errada pois os eleitores mais à esquerda potênciais votantes PS (quando há voto útil) acabaram mesmo por não votar socialista. Reforçando o BE e CDU.
Quem restou no PS foram os seus eleitores de base, fieis, da esquerda moderada.
Ora, é contra todos estes eleitores (os que lá ficaram) que Costa está a agir. De acordo, é verdade, com os conteúdos (falhados) da sua campanha, que se dirigia especificamente a quem acabou por não votar nele.
A fuga para a frente poderá ser dramática para o futuro do PS como partido razoável, sempre disponível para uma governação alternativa e prudencial que é exigível nos dias de hoje.
Ninguém duvida que Costa derrubará o Governo Passos que será nomeado por Cavaco (mas aí terá que assumir as razões para essa decisão) tomando o lugar de primeiro ministro num governo suportado por uma maioria parlamentar fragilíssima.
Nínguém acredita que o BE e a CDU venha a viabilizar um governo que não cumpra com algumas das suas linhas políticas essenciais. Ora, essas políticas serão razão para uma quase imediata quebra de financiamento exterior e uma degradação rapida do défice orçamental.
Num ano estaremos à beira da bancarrota e em ano e meio estamos num novo plano de recuperação com uma qualquer troica cá dentro.
É que não há forma de seguir as políticas defendidas pelos partidos da extrema esquerda sem dinheiro emprestado. O problema é que ninguém o emprestará.
Pelo que já começa a ser repetitivo: a fábula da Cigarra e da Formiga não tem exemplo mais fiel do que aquele que se passa em Portugal...
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