Ontem, a Frente Comum de esquerda falava de veto presidencial.
Não ouvi nada disso da boca de Cavaco.
Entendi que a sua única opção, ontem, só podia ser
Passos Coelho. Porque ganhou as eleições e porque Costa não lhe apresentou (não
apresentou a ninguém) qualquer sustentação forte e evidente para um governo da
Frente Comum de Esquerda que (blefam eles) poderia ser, ontem, opção de
Cavaco.
Para além da falta de concretização do acordo de governo à
esquerda, Cavaco elencou outras razoes (do seu ponto de vista) que apontam para
a fragilidade de um governo “desse lado” mais a mais sem acordos concretos.
Esta reação é típica e clara. Costa e o PS entende (e quer)
o adiamento da sua indigitação para continuar a pressionar o Bloco e a CDU no
sentido de uma maior aproximação (á realidade). Coisa que será impossível pois
o BE está “por cima” e porque à CDU apenas interessa apear a direita do
governo.
Claro que, sendo assim, a decisão de Cavaco, ontem,
apenas poderia ser a tomada.
Agora, o PS terá que assumir. Ou está com Costa rumo ao
descalabro (levando com eles o País) ou descarta-se já.
O BE quer o poder e vai lá chegar. Levará exigências que o
PS não terá força para recusar. E serão essas exigências que arruinarão o País
levando-o à bancarrota de novo. Das cinzas restará o Centro-Direita
para recuperar, de novo, o País, à grega, com austeridade reforçada (serão 4 anos
perdidos, um de desbunda e três de mais sacrifícios) e a CDU que retirará o
tapete (e os dividendos) logo que o PS e o BE estejam bem “secos” (na ressaca
da bancarrota) com vista a novas eleições dentro de um ano.
PS: as avoilas deste mundo já estão a aligeirar exigências e
a aceitar a vigência e arrastamento de situações que antes eram
inconstitucionais, ilegais e de revogação imediata. Coisas que só acontecem
quando a esquerda iluminada tem perspetivas de mandar…
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