setembro 26, 2013

Crime de lesa pátria

Está a ocorrer, neste momento, em Portugal um crime de lesa pátria.
Perpetrado pelo actual Governo.
Não por estar a promover uma política de austeridade. Ela é necessária. Precisamos de equilibrios financeiros como pão para a boca.

O crime passa simplesmente por se estarem a promover políticas que conduzem a irreversíveis situações de desemprego e de emigração. Desta forma, todo o nosso futuro, como País, está a sair pela porta fora, com a juventude (por aqui desempregada) a procurar sustento no exterior.

Com ela, segue o investimento feito em Portugal com a sua formação e toda a esperança na reactivação demográfica (precisamos de bébés, muitos mais bébés) para a sustentação económica e do sistema solidário de segurança social.

Duzentos e cinquenta mil sairam do País em dois anos, na sua maioria jovens. Os nascimentos anuais já cairam para baixo dos 90 mil. Como se pode aceitar e ignorar este crime contra o nosso futuro?

Mas este processo não será ingénuo.
Muitas das grandes sociedades (e impérios) do passado morreram por dentro com a quebra demográfica.
A nossa sociedade, a ocidental, também cairá por aí.
Enquanto discutimos o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, outras sociedades sem quaisquer preocupações com as liberdades pessoais e desdenhando direitos às mulheres, tratam de se multiplicar descontroladamente, potênciando o alargamento sucessivo da sua implantação no Mundo.

Em reação a esta situação, os Países ocidentais mais fortes, que não estão distraídos, impõem políticas económico-financeiras aos seus companheiros de bloco geopolítico, atraindo para si e para a sua economia a juventude ainda remanescente. Assim, atenuam o ritmo da sua queda e aceleram-a nas periferias. Neste processo, aproveitam para inverter as opções do passado (emigração mulçulmana e do norte de África) que, claramente, estavam a criar um barril de pólvora social dentro das suas fronteiras.

O actual governo português trabalhou bem a austeridade necessária e já ajustou alguns dos nossos défices estruturais com décadas de existência. Mas alinhou erradamente no processo acima descrito de duas formas:

1)Mantendo o País estrangulado sob o peso da dívida (que cresceu para valores incomportàveis por ação dos governos PS) refinanciando-a e suportando os seus juros com o dinheiro da troika (que vem associado aquelas políticas erradas) ou com o dinheiro dos “mercados” a juros agiotas.

2)Implementando políticas de trabalho totalmente erradas, com aumento do tempo de trabalho individual (mais horas, menos férias, menos feriados e reformas mais tardias) aumentando o número dos subsidiados (que consomem recursos), a indignação nas ruas e a já referida sangria através da emigração.

E está visto que daqui não saímos.

E o mais grave é não vislumbrarmos quasquer alternativas a isto. Pois este governo até será o mal menor. O PS e a esquerda só piorariam as coisas face às soluções absurdas que vão avançando. Em toda a linha, apenas fariam aumentar a dívida e, logo, por isso, os nossos problemas, que ali residem. Não são credíveis.

É preciso uma terceira via.
Que interrompa a saída da juventude imediatamente. E que potêncie o reactivar da estabilidade laboral (para assegurar o presente) e da demografia (para garantir o futuro).

Com isto assegurado avançar-se-ia para a economia.

E isso é possível?

É sim.

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