Está a ocorrer, neste momento, em
Portugal um crime de lesa pátria.
Perpetrado pelo actual Governo.
Não por estar a promover uma
política de austeridade. Ela é necessária. Precisamos de equilibrios financeiros
como pão para a boca.
O crime passa simplesmente por se
estarem a promover políticas que conduzem a irreversíveis situações de
desemprego e de emigração. Desta forma, todo o nosso futuro, como País, está a
sair pela porta fora, com a juventude (por aqui desempregada) a procurar
sustento no exterior.
Com ela, segue o investimento
feito em Portugal com a sua formação e toda a esperança na reactivação
demográfica (precisamos de bébés, muitos mais bébés) para a sustentação económica
e do sistema solidário de segurança social.
Duzentos e cinquenta mil sairam do País em dois anos, na
sua maioria jovens. Os nascimentos anuais já cairam para baixo dos 90 mil. Como
se pode aceitar e ignorar este crime contra o nosso futuro?
Mas este processo não será
ingénuo.
Muitas das grandes sociedades (e
impérios) do passado morreram por dentro com a quebra demográfica.
A nossa sociedade, a ocidental,
também cairá por aí.
Enquanto discutimos o aborto e o
casamento entre pessoas do mesmo sexo, outras sociedades sem quaisquer
preocupações com as liberdades pessoais e desdenhando direitos às mulheres, tratam
de se multiplicar descontroladamente, potênciando o alargamento sucessivo da
sua implantação no Mundo.
Em reação a esta situação, os
Países ocidentais mais fortes, que não estão distraídos, impõem políticas
económico-financeiras aos seus companheiros de bloco geopolítico, atraindo para
si e para a sua economia a juventude ainda remanescente. Assim, atenuam o ritmo
da sua queda e aceleram-a nas periferias. Neste processo, aproveitam para
inverter as opções do passado (emigração mulçulmana e do norte de África) que,
claramente, estavam a criar um barril de pólvora social dentro das suas
fronteiras.
O actual governo português
trabalhou bem a austeridade necessária e já ajustou alguns dos nossos défices
estruturais com décadas de existência. Mas alinhou erradamente no processo
acima descrito de duas formas:
1)Mantendo o País estrangulado
sob o peso da dívida (que cresceu para valores incomportàveis por ação dos
governos PS) refinanciando-a e suportando os seus juros com o dinheiro da
troika (que vem associado aquelas políticas erradas) ou com o dinheiro dos
“mercados” a juros agiotas.
2)Implementando políticas de
trabalho totalmente erradas, com aumento do tempo de trabalho individual (mais
horas, menos férias, menos feriados e reformas mais tardias) aumentando o
número dos subsidiados (que consomem recursos), a indignação nas ruas e a já
referida sangria através da emigração.
E está visto que daqui não
saímos.
E o mais grave é não
vislumbrarmos quasquer alternativas a isto. Pois este governo até será o mal
menor. O PS e a esquerda só piorariam as coisas face às soluções absurdas que vão
avançando. Em toda a linha, apenas fariam aumentar a dívida e, logo, por isso,
os nossos problemas, que ali residem. Não são credíveis.
É preciso uma terceira via.
Que interrompa a saída da
juventude imediatamente. E que potêncie o reactivar da estabilidade laboral
(para assegurar o presente) e da demografia (para garantir o futuro).
Com isto assegurado avançar-se-ia
para a economia.
E isso é possível?
É sim.
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