Está decidido.
A partir de Outubro os funcionários públicos vão trabalhar
mais uma hora por dia.
Um absurdo.
O problema do país não é resolvido com gente a trabalhar
mais.
É resolvido com mais gente a trabalhar.
É verdade que o Estado não tem dinheiro para pagar os
trabalhadores que tem. Nem para suportar todos os serviços que assegura.
A situação como está, não poderia continuar.
A situação como está, não poderia continuar.
Mas esta solução é um erro grosseiro.
Já há pouco trabalho disponível.
Até costuma-se dizer que, na função pública, cada trabalhador
faz pouco.
Então, o que se teria que fazer?
Simplesmente, reduzir o número de horas que cada um teria que trabalhar.
Não alterando a respetiva remuneração horária.
Desta forma, o salário cairia (e o Estado passaria a poder
paga-lo) sem prejuizo da respetiva remuneração horária que se manter intocável.
Nos casos em que os serviços ficassem em défice, criar-se-ia
emprego. Nos outros casos, o ajustamento estava feito.
Haveria que salvaguardar os funcionários com salários mais
próximos dos mínimos. Mas o essencial seria garantido: uma folha salarial ajustada
e mais emprego.
Porque não se discute isto nestes termos? Porque não se
houve falar desta possível solução?
Por causa dos “riscos” constitucionais? Ora, não acredito.
Pois isso já é assunto corriqueiro...
O país não fica mais rico se cada um trabalhar mais. O País fica mais rico se houver mais produção transacionável. O que não é a mesma coisa. Mas também poderá ficar menos pobre, produzindo o mesmo. Como? Com essa produção a ser garantida por mais gente (os que hoje trabalham e pelos que ganhariam um emprego). Ou seja, com uma atitude solidária em que os que têm trabalho cederiam uma parte do mesmo a quem não o tem. Poupar-se-ia uma imensidão de despesas sociais, ganhar-se-ia estabilidade social e evitar-se-ia a debandada na emigração. Principalmente a jovem, com formação...
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