novembro 19, 2012

Erros da governação actual (I) - Crescimento

 Falsa expectativa de crescimento económico 

É o erro número um. 

Porque não vai haver qualquer crescimento económico. Não é possível. A indústria está a ser deslocalizada gradual, mas rapidamente, para os países emergentes e não se travará esse processo em 5 ou 10 anos. Daí que, contar com o crescimento económico para a recuperação financeira e ou orçamental nos países desenvolvidos é um erro enorme. Cria expectativas que só podem levar à frustração. 

A riqueza, cada vez mais, virá do trabalho. E este, está de saída. E, atrás do trabalho vai o investimento e o capital.

Quem levanta a “cenoura” do crescimento à frente dos nossos narizes só arrisca um falhanço e uma descredibilização enorme. Não vai haver crescimento económico nos países desenvolvidos. A economia, nestes países, já atingiu o seu pico há alguns anos e, só não entrou em queda mais evidente e de imediato, devido a estar a ser sustentada por recursos externos (empréstimos). Opção que multiplicou as dívidas públicas e criou a crise actual.

Essa manutenção "artificial" das economias (suportada por recursos externos) está agora a tornar muito mais gravosa a queda das economias desenvolvidas, agora colocada a nu, com a queda das "máscaras" criadas pelos referidos empréstimos.

A gestão politico-económica nos próximos anos, deverá basear-se na realidade do ajuste em baixa. Baixa nos níveis de vida e nos serviços sociais prestados pela iniciativa pública. 

Só a partir da aceitação deste ponto de partida poderemos iniciar uma nova vida, claramente mais frugal mas não forçosamente mais pobre. E, desde que se reduzam - à realidade - as expectativas criadas, até poderá ser mais feliz. O que não será a opinião da esquerda negra

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