junho 07, 2012

Crato decidiu bem

Soube-se, ontem, que os créditos de horas que as escolas gerem para a criação de clubes, actividades de apoio e extra-curriculares deixam de  depender da antiguidade do seu quadro docente. 

Para que melhor se possa entender: todos os professores trabalham 35 horas. No entanto, parte dessas horas respeitam a trabalho pessoal que é exercido (ou pode ser exercido)  fora do local de trabalho. Dentro das que restam, algumas horas são atribuídas à escola (actividades a indicar pela escola) onde se podem incluir as reuniões de grupo, recepção de pais, etc. 

As restantes 22 horas (ou algo perto disso) são tempo de aulas. A menos da situação dos professores com mais de 40 anos que, até à reforma, gradualmente, vêm reduzido esse tempo para cerca de metade.

É fácil de concluir que é nas melhores escolas, no centro das cidades, desertificadas e sem pressões quantitativas e sociais, onde o quadro docente é mais antigo, estável e procurado que há mais horas disponíveis para este efeito.

E é nas piores escolas, sub-urbanas, pressionadas social e demograficamente onde os professores estão por obrigação, recém-formados e sempre à espera do concurso que os irá levar para a escola seguinte, um pouco melhor no "ranking" da apetência docente, que há menos horas para aquelas actividades.

O que é uma incongruência.
Era. Agora, resolvida.

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