setembro 16, 2012

Que se Lixe a Troika! Queremos a Nossa Vida de Volta

Pois queremos. Ou melhor, queríamos ...
Mas, tal não é possível. 
Pois já não nos emprestam dinheiro para isso.

Linguagem perigosa perante quem nos tem adiantado dinheiro para pagarmos os serviços públicos e as pensões...

1.Indignação, sim. Ninguém tem que gostar daquilo que nos impõem. Quando isso é duro e difícil. Mesmo quando não há alternativa melhor. Mas gostar? Apanhar e calar? Não. Gaspar foi longe de mais. No que anunciou insensivelmente. Mas muito mais, naquilo que disse sobre a submissão e aceitação dos portugueses. 
Não. Até poderemos aceitar. E poderemos até entender - se for melhor explicado. Mas, decididamente, não gostamos.

2.Mas, voltemos à realidade.

Se há toda a legitimidade para manifestar a incomodidade, não há nenhuma legitimidade para dizer que não queremos, sem apontarmos uma qualquer alternativa válida.

Pior ainda, quando alguns dos que se colam à dinâmica destas manifestações são os mesmos que nos conduziram a isto.

Pelo que eu aproveito e também mosto a minha indignação às "cigarras" que nos dirigiram nos últimos anos e que, irresponsavelmente, viveram e nos fizeram viver na ilusão de que éramos ricos. E que fizeram isso, pedindo emprestado. Aquilo que agora teremos que pagar, em sofrimento. Afinal não somos ricos. Somos... assim assim (pois há muito pior, nesse Mundo).

Chegou a altura de nos ajustarmos à realidade. E isso não é empobrecer. Mas será, certamente, viver pior e com menos. E se alguém prometer o contrário, mente.

A situação para onde somos levados não é fácil e ninguém gosta dela. Mas quem a decide tem de explicar mais e inibir-se de falar em submissão, aceitação e resignação. Deve ser humilde e pedir desculpa às pessoas a quem dirige as provações. Em cada momento e para cada esforço que implemente. Mesmo que o faça em nome dos outros que lá estiveram antes. Nem que seja para os por (a esses) no seu lugar.

3.Novamente, voltemos à realidade:

A troika (o grupo de que somos credores) associado às "formigas extremistas" quer fazer tudo isto a "100 à hora". Ao mesmo tempo que pagamos a dívida sendo este o erro de Gaspar. Ora, isso não só é duro e desesperante. É capaz de ser suicida.

Sem prejuízo desses credores, temos que lhes dizer para terem um pouco mais de calma:

1)A sua dívida deve ficar segura. Afinal, quem dos dirigia, gastou e pediu empestado. E foi com isso que vivemos (sem o sermos) como ricos. Devemos garantir que vamos cumprir.

2)Mas a sua amortização deve ficar congelada, a vencer juros não extorsionistas. Esqueçam a agiotagem.

3)Da nossa parte um só objectivo: eliminar o défice pois não deverá vir nem mais um cêntimo do exterior. 

A troika teria que aceitar isto. E alterar o seu posicionamento. Existe para proteger os credores e não para nos "salvar". 

Para financiar o défice, no período necessário à sua eliminação, que não pode ser "brutal" e imediata, seria necessário criar um instrumento que retivesse os recursos nacionais (evitando que acabem nos bancos alemães ou debaixo do colchão) que reanime a economia "boa" (não é preciso mais dinheiro, mas sim aquele que é necessário para que a economia se agilize e que fique oleada) e que se inicie um processo de redistribuição do trabalho (é necessário colocar todos no lado da produção, minimizando os que ficam no lado da subsidiação). 

4.Neste processo, temos de entender bem que, face ao que temos e ao que podemos, não estamos a empobrecer. Estamos a cair na realidade. Mas que essa queda será mais difícil e mais longa pois, para além do ajuste, temos que pagar pela nossa boa vida passada (e não sabíamos) dos anos da ilusão... socialista.

Pois tudo isto não retira responsabilidade a esses, que lá estiveram e que criaram (e no mínimo acentuaram definitivamente a queda na bancarrota) esta situação. A sede de poder do Partido Socialista é tão irresponsável que é dramática. Pois, não ficamos minimamente seguros tendo apenas e unicamente como alternativa à "formiga extremista" uma ... nova "cigarra". Ou então, é tudo mais uma vez um embuste e uma enorme mentira. Vem esses outros e farão o mesmo...

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