Lido o post de Ferreira de Almeida no 4R, só tenho que
concordar com tudo o que lá é escrito. Realmente, as medidas de incentivo à natalidade em Portugal
não falharam.
Simplesmente inexistiram…
Mas, para além da irrelevância fiscal da existência dos filhos, acrescentaria mais alguma coisa:
Lembro-me das medidas facilitadoras do aborto e do casamento dentro do mesmo sexo. Sem fazer qualquer análise qualitativa das mesmas. Apenas constatando que daí, filhos e renovação demográfica, nada resultará...
Lembro-me dos cortes no abono de família.
Lembro-me das - mais atuais - decisões no campo laboral. O alargamento da idade de reforma, o aumento do número de dias de trabalho (menos feriados e férias), mais meia-hora de trabalho gratuito. Fixando por mais tempo, a trabalhar, quem tem hoje emprego (mesmo que com muito menos formação de base) e adiando qualquer possibilidade dos jovens acederem ao mercado de trabalho. Se a isto juntarmos o facto do trabalho se estar a deslocalizar e estar cada vez menos disponível...
Lembro-me das reduções de rendimentos e dos benefícios fiscais (que incidiam nos gastos mais relevantes das famílias - habitação maior, transporte próprio, saúde e educação).
Tudo medidas que reduzem a (necessária) qualidade de vida das famílias e, pior que isso, eliminam qualquer possibilidade dos jovens acederem ao mercado de trabalho em tempo útil para que se criem as condições necessárias para o aparecimento das famílias estruturadas. Ambiente essencial para o aparecimento de filhos, na quantidade necessária à renovação da sociedade.
A (melhor) distribuição do trabalho existente deverá ser a primeira medida relevante a tomar. Depois, tratar de aumentar a quantidade de trabalho disponível. O que não será fácil face à globalização que nos coloca em competição com quem produz na China, Índia e Brasil...
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