Aparentemente, os pais passarão a ser responsabilizados quando os filhos tiverem comportamentos desviantes nas suas Escolas. Uma medida correcta desde que salvaguardadas algumas situações.
Logo alguns (ler editorial do Público, hoje) anotaram a negatividade da medida por via dessas mesmas situações.
A verdade é que os responsáveis pelas Escolas - que estão no terreno - aprovaram a decisão. Sabem bem que, na maioria dos casos, as famílias ignoram o seu papel educador e colocam-se "do lado" dos jovens, contra as Escolas. Sentindo-se confortáveis, com as famílias por detrás, os alunos "encostam a Escola à parede" não se consumando nenhuma correcção dos actos cometidos nem de prevenção face a outros (iguais ou de maior gravidade) no futuro.
Se, para estas situações a medida será muito positiva, é preciso cuidar dos "outros" casos. Daqueles em que também as famílias já perderam o controlo dos jovens. Aí, esta solução de nada vale.
A esperança é que, atalhando processos e resolvendo - de raiz - as primeiras situações, se reduzam ao mínimo as segundas, correspondentes a casos terminais, já sem soluções na Escola.
Que se avance, pois são precisas soluções.
A tutoria e o trabalho comunitário são soluções a juntar ao processo.
A primeira, quando o problema do aluno passa pelo pouco interesse pela escola, pela sua aprendizagem e pelo trabalho necessário, deve activar-se junto aos alunos, ocupando-lhe alguns períodos de difícil aceitação para o aluno tais como tardes ou manhãs livres, Sábados e períodos de interrupção das actividades lectivas. A simples noção que o processo o penalizará nos seus tempos livres deverá resolver - antecipadamente - muitas das situações.
No segundo, quando o problema é mesmo de indisciplina ou violência escolar. Não há que recear a decisão de impor o trabalho comunitário na escola. O que só será possível quando a família estiver "contida", do lado (da atitude correctora) da Escola...
Sem comentários:
Enviar um comentário