janeiro 19, 2011

o buraco do BPN e o nosso buraco

O buraco financeiro do BPN é um grande buraco.
Cinco mil milhões, mais umas menos umas centenas.
Cinco mil milhões que todos pagaremos, mais cedo ou mais tarde. 
Será das primeiras medidas a tomar pelo FMI ou pelo que aí vier tratar de nós, nos próximos meses. A integração, para pagamento rápido, desse buraco no défice orçamental.
Cinco mil milhões que muitos "mamaram". A maioria de uma forma que até poderão considerar moral. Legal até. No final (uns anos depois do que em qualquer outro país), encontrarão um qualquer responsável ao qual se poderá imputar umas dezenas de milhões. Que irá preso (por menos tempo do que em qualquer outro país).

São 500 Euros a pagar por cada português. Novo, velho, pobre ou rico.
E onde estará todo esse dinheiro?
Em todos os negócios, fraudulentos ou não, geridos a partir daquele Banco. Em todas as transacções de acções, em todas as circulações entre contas e off-shores, em todos os empréstimos não pagos, em toda a gestão ruinosa.

Porque agiram assim Sócrates e Teixeira dos Santos? Porque tinham lá fundos públicos depositados no valor de milhares de milhões. Perder esse dinheiro deixando cair o banco seria morte política imediata. Assim, pagam os mesmos (todos os contribuintes), mas aqueles dois "branquearam" a gestão desses fundos públicos que ali tinham.

Cavaco?
Sim. Parte dos 5 mil milhões estarão nos seus bolsos e nos seus bens. Uma pequena parte. Tal como estarão no bolso de milhares. Que não dão, nem deram por isso. E não tinham que dar, pois há entidades para o efeito. Há? Havia?

Sim. Mas em vez de estarem atentos a isso, estavam entretidos a contabilizar e inventar défices "virtuais" de 6,83% para lixarem Santana e lançarem Sócrates...

Constâncio? Já não está. Ficamos nós, por cá, a pagar a crise e o BPN. 


Sem comentários: